Tuesday, July 31, 2007


Monday, March 05, 2007


Gostaria de poder dizer que voltei a escrever aqui.
Não seria verdade.
Só digo que este é um texto de mais ou menos...
primeiro de fevereiro.
Ao que aqui declaro ser o fim de mais um conjunto
de trabalhos.
Que como Robert E. Howard previa que ocorreria,
esvaneceram, ruiram e caíram
sob a sombra de um bárbaro sombrio.
Repesentação do infalível tempo
sobre os trabalhos dos homens
e seus meios
cultos
vis.



Telescópios

Segurava as mãos dela com ternura. Deitados os dois sobre a cama, olhando nos olhos, sentindo a respiração um do outro tão perto quanto a sua própria, saíram voando janela afora.
O vento do alto soprando seus cabelos enquanto cruzaram as nuvens e tiveram paz no alto do céu. Tendo por tapete um céu nublado e por teto um espaço estrelado, cruzaram distancias infinitas por uma noite inteira.
Terminaram por fazer amor sob a lua, temendo que os telescópios do mundo todo tivessem suas lentes voltadas para aquele astro, mas encontrando neste temor um atrativo a mais para aquela paixão, a consumaram com carinho de um amor profundo.
Depois os dois caíram como folhas de outono, sobre um lençol suado e tendo a brisa de uma janela entreaberta para secar-lhes o suor do peito palpitante, dormiram profundamente.


Até que o trono da Aquilônia seja ocupado pelo seu
Rei de direito,
o menestrel não toca sua arpa.
Apenas tece seus versos.
Vis.


- publicado às 5:19 AM -


Monday, February 05, 2007


"A vida é bela, o mundo é colorido
e você também pode ser feliz"
------Governador supremo do paraná, REQUIÃO

Blog de volta ao ar. Quem gostar, goste.
Quem achar ruim, rosne.

Conto do dia.

Bólido

"a tua alma estará morta ainda mais depressa do que o teu corpo;
portanto não receies nada!" (D. Zaratustra)

Por breves instantes era como se seu corpo deixasse de existir. Os olhos se maravilharam com as cores que enxergavam naquele torpor extasiante. Os braços grudados aos amparos tanto do volante quanto do câmbio. O estômago revirava frenético, até que então parou de ser sentido. E os braços amparados pararam de ser sentidos, e perderam a força. A boca entreaberta nem mais respirava e os sons até então ensurdecedores deixaram de soar pelos ouvidos dele.
Não fazia mais sentido nada daquilo, e nem lembrava porque estava correndo tanto, mas estava. E um muro de pedra o aguardava pacientemente ao fim daquele trecho. Mas não foi o muro a última coisa que o piloto viu. Foi um rosto entre nuvens atômicas de um púrpura celestial. Como as asas da borboleta, aquele sorriso se abriu e então um sentimento completo preencheu o coração daquele homem com um calor confortável como o colo de quem ama.
Desapareceu antes mesmo de bater no muro.


- publicado às 10:33 AM -


Friday, January 26, 2007


O blog está sendo abandonado por tempo indefinido.
Eu também.

Tenham todos uma vida confortável e repleta de
coisas tão boas que vocês nem possam acreditar.

Até dias mais legíveis.


- publicado às 12:20 AM -


Saturday, December 09, 2006


Vento



Difícil esquecer o que me aconteceu esses dias atras, amigo. Nem sei como começo a te contar. Acho melhor começar pelo início.

Era alguma coisa em torno de dez e meia da noite, não sei bem ao certo. Não levei relógio. Faz algo como duas semanas. Como estava em casa cansado de ficar entre quatro paredes botei meus sapatos e fui dar uma volta na quadra. Havia chovido umas horas antes, então o tempo estava fresco.

Depois de uns cinco minutos de caminhada resolvi sentar-me num dos bancos daquela praça que tem um lago no centro. A iluminação estava razoável o bastante para ver tanto o céu quanto o fim da rua. Foi então que uma leve brisa morna começou a soprar. Mas se a noite estava fresca, de onde vinha aquela brisa, me perguntei. Será que o calor do dia resultou em um mormaço ou coisa assim? Mas sabe, foi o que pensei na hora. Nunca que eu ia imaginar aquilo.

Juro que depois disso eu ouvi meu nome. Eu estava sentado, apoiado com as mãos no banco deixando minha cabeça pender para trás, para ver melhor o céu e sentir melhor o vento, e ouvi meu nome. Como um suspiro aos meus ouvidos. Baixo e sinistro... longo e calmo.

Primeiro procurei quem tinha falado aquilo, mas não tinha ninguém ali, e juro por Deus que o suspiro tinha falado ao pé do meu ouvido. Aquilo me arrepiou até o último fio de cabelo.

Pois não é que enquanto eu estava ali, parado com minha cara de medo, a voz falou o meu nome de novo? Dessa vez não tive dúvida. Eu estava olhando para o lado certo e juro para você que não havia ninguém ali.

Levantei num pulo mas não consegui pensar em nada para falar. Só fiquei em pé, com os braços armados esperando algum sinal para sair correndo. O vento morno continuou soprando esse tempo todo. Mas o mais incrível vem agora. Senti aquele vento nos meus cabelos e não é que era como uma mão com cinco dedos que passava pela minha cabeça? E falou o meu nome de novo!

Aquilo foi o suficiente para mim. Saí correndo na hora.

Quando estava na metade da quadra de cima correndo feito o diabo corre da cruz, ouvi um som de vento balançar as árvores do parque e uma voz, como o assobio do vento, gritou o meu nome de novo. Nunca na vida corri tanto.

Hoje eu sei que foi exagero meu. Isso acontece comigo quase todos os dias quando passo no parque. No começo eu ficava assustado, mas hoje para mim é bem comum. Até já respondo a voz. Como te disse, agora é bem comum para mim conversar com o vento.



 


- publicado às 9:55 AM -


Thursday, December 07, 2006


Pra quem não visitou o http://olhoseternos.blogspot.com/ segue aí
o que acabou sendo postado por lá. Foi uma boa surpresa ver isso
publicadonaquele blog. Mesmo.

Onde os Espelhos Não Mentem



Olhou para o espelho por muito tempo. Sua vista começou a se tornar confusa de tanto tempo que fitou o vidro de se ver. Esperava encontrar alguém conhecido mas lá estava aquela pessoa estranha. Olhando para ela como quem a conhece, mas quem era aquela pessoa? Quer dizer, devia ser ela, já que se movia da mesma forma... já que estava no espelho... mas não era ela.

A luz do banheiro mudou e os sons da rua desapareceram. Apoiou as mãos na pia no mesmo instante que a imagem o fez. E então tocou seus lábios no mesmo instante que a pessoa no espelho. Sem saber quem era aquela pessoa.

Estranho demais, mas o olhar no espelho parecia conhecê-la, mas ela não sabia quem estava ali. Era angustiante demais.

Foi então que o sol se pôs e a luz foi embora. Foi então que percebeu que sem aquela luz ela mesma não existia, não podia se ver ou saber onde começava e onde terminava. Foi então que percebeu que era ela o reflexo no espelho.

A luz então se apagou. A estranha foi embora sem jamais notar um rápido instante de agonia em seu reflexo, que desapareceu de forma tão cotidiana.



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- publicado às 6:56 AM -


Wednesday, December 06, 2006


Nem tudo que rima fica bem.
Nem tudo?
Bem, eu que sei. Olhem pra esse verso,
de um eu-lírico boêmio e definitivamente
nada auto-biográfico:

O Porre de Ontem



O porre que eu tomei ontem

Jamais posso esquecer

Caí de cara na privada

Pensando beijar você



---------PUM------------ 


- publicado às 6:53 PM -


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Jão (CheGa De Nomes LONgOs)

"My candle burns on both ends; And it will not last the night; But oh! my foes and oh! my friends; How it makes a lovely light." St. Edna Vincent Millay

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